quarta-feira, 27 de outubro de 2010

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA PASSO A PASSO - INTRODUÇÃO

Primeiro vamos definir o que é exegese bíblica. Defino a exegese como o estudo científico da Bíblia, um apanhado de métodos de interpretação de textos que são aplicados à literatura bíblica a fim de interpretar o texto de maneira moderna, mas sendo fiel ao sentido que o próprio texto pretende comunicar. Diferencio a exegese da hermenêutica, que para alguns, é também sinônimo de interpretação bíblica. Em minhas definições, a exegese interpreta, enquanto que a hermenêutica, como um dos passos exegéticos, trata de ler o conteúdo já alcançado pela exegese atualizando-o, fazendo-o relevante para nossos dias.

Isso tudo será tratado com mais detalhes ao longo das próximas postagens. Quero iniciar hoje um novo desafio, o de enumerar os passos exegéticos que costumo aplicar e fornecer assim um breve curso de exegese e um cronograma para que o leitor também possa aplicar tal metodologia às suas leituras. A idéia é resultado de anos de análises exegéticas e da prática pedagógica, em que me defronto com a dificuldade de ensinar exegese. A experiência destes últimos anos me legou esse cronograma metodológico que está sempre se aperfeiçoando, e convido meus leitores a mais uma vez estudar exegese comigo ao longo de algumas semanas.

Eu poderia simplesmente indicar a leitura de algum dos manuais de exegese já publicados, porém, não sigo rigorosamente nenhum deles, e penso que sou capaz de fornecer as mesmas definições através de palavras menos técnicas, mais acessíveis ao publico em geral, e seguindo uma ordem que me parece mais conveniente. Assim, inicio este curso dizendo que cada postagem trará uma definição bem resumida de um único passo exegético, e o ideal é que o estudante já aplique estes passos a algum texto de sua escolha.

Assim pretendo ensinar o conteúdo, fixar e testar esse cronograma que estou criando, e produzir através do blog um material que facilitará o desenvolvimento das disciplinas relacionadas à interpretação bíblica que tenho dirigido.

AS LIÇÕES DE ANANIAS E SAFIRA (Parte Final)

Para terminar a série de postagens sobre Atos 5.1-11, quero resumir algumas das conclusões e fazer sugestões de aplicação prática, ou seja, quero oferecer ao leitor alguns conceitos ensinados no texto que podem servir de inspiração para a igreja de hoje, assim como alertar sobre a necessidade de enterrar outros no passado.

1. O autor de Atos quer legitimar um projeto igualitário em sua comunidade através da descrição idealizada da história de Jesus e da igreja primitiva. Mas não se pode garantir que os simpatizantes da comunidade de Lucas eram obrigados a abdicar de suas posses em favor dos outros, mas pode-se dizer que esse era o comportamento esperado. Hoje a estratégia de viver com comunhão plena de bens é inviável, mas continua a responsabilidade de se fazer algo coletivamente em favor do igualitarismo. Se há algo que a igreja não deve aceitar, é que em seu meio alguns tenham em demasia enquanto aceitam passivamente que outros tenham necessidade. Faça o que fizer, o alvo da igreja é pôr fim à miséria entre os seus membros.

2. O projeto de Lucas de construir uma comunidade igualitária provavelmente já estava em andamento, porém, ele funcionava com imperfeições. Além de ainda não contar com o apoio de todos, havia internamente o medo de que tal projeto favorecesse pessoas desonestas que queriam apenas participar dos benefícios da comunidade sem contribuir de maneira equivalente. O pecado de Ananias foi punido com rigor, deixando a mensagem de Deus é o protetor da igreja, e não deixa que ninguém aproveite-se da igreja dessa forma. A desonestidade de alguns não é motivo para deixar de contribuir com os projetos sociais da igreja.

3. A narrativa apresenta um Deus violento, que mata o casal sem chance para arrependimentos. Esse Deus assassino é contrário a outras descrições de um Deus de amor e misericórdia que o Novo Testamento nos transmite, motivo pelo qual esse ponto da narrativa deve ser visto como um exagero do autor e não como um fato literal. É um ponto que não devemos destacar para a igreja.

4. Porém, a violência divina pode ser lida como cuidado. O autor não deixa margem para que seu texto fosse usado para legitimar atos violentos. A ameaça é a de que Deus, sabendo de todas as coisas, puniria severamente e pessoalmente todos os que tentassem fraudar o sistema igualitário da comunidade. Pedro e a igreja nunca são autorizados a punir ninguém.

AS LIÇÕES DE ANANIAS E SAFIRA (Parte IV)

Para abordar a próxima peculiaridade literária desta narrativa (que aliás é bem mais problemática que a anterior), vamos primeiro esboçar a estrutura sob a qual foi construída esta narrativa. Observemos no quadro abaixo, como podemos facilmente estruturar o texto distinguindo nele seções que diferenciam-se umas das outras pelas transições entre vozes narrativas e personagens. Em linhas gerais, tal comparação nos leva à conclusão de que temos duas vezes a mesma história sendo contada, uma para Ananias e outra para Safira:

ANANIAS

SAFIRA

Introdução do narrador: chegada à comunidade (v. 1-2)

Introdução do narrador: chegada à comunidade (v. 7)

Intervenção de Pedro: acusação de Ananias (v. 3-4)

Intervenção de Pedro: diálogo com Safira (v.8-9)

Conclusão do narrador: morte, sepultamento e medo coletivo (v. 5-6)

Conclusão do Narrador: morte, sepultamento e medo coletivo (v. 10-11)

Temos em ambas as partes uma fala introdutória do narrador. A introdução à história da morte de Safira pôde ser mais econômica (v. 7), já que o leitor está ciente de que ela estava de acordo com seu marido na venda da propriedade e na tentativa de enganar a comunidade. Depois, na intervenção em primeira pessoa na voz de Pedro, a mesma acusação feita sob Ananias (de que Satanás enchera seu coração e de que ele mentia ao Espírito Santo) parece ser válida para Safira. O autor então enriquece a segunda parte de sua narrativa fazendo da intervenção de Pedro um diálogo (v. 8-9), ainda que Safira só tenha a oportunidade de dizer duas palavras. Por fim o narrador retorna com uma conclusão bem semelhante, mas que como era de se esperar, é um pouco mais detalhada que aquela primeira conclusão provisória.

Não parece que após a morte de Ananias temos uma mera repetição daquilo que já lemos? Nos perguntamos, neste caso, se era realmente necessário dividir a narrativa desta maneira, fazendo Ananias e Safira morrerem separadamente. Não poderiam os dois personagens apresentarem-se e morrerem juntos já que estavam em comum acordo? São as duas partes da narrativa essenciais ou será que a seção sobre Safira não passa de um elemento adicional? E se há realmente dois elementos distintos, um constituinte e outro adicional, porque este segundo foi aí incluso? Para responder a este problema os exegetas levantaram muitas hipóteses, e nós teremos que observar algumas delas, ainda que nenhuma seja definitiva.

Lendo a respeito desta narrativa de Atos encontramos a hipótese de que o texto demonstra que Safira não precisaria morrer junto com seu marido se fosse honesta; cada um deles teria tido a chance de viver, mas ambos preferiram a tentativa de enganar a comunidade para obter vantagens. Essa é a proposta mais conservadora, resumida nas palavras de Werner de Boor: “A princípio, ela (Safira) é apenas cúmplice. Por isso Pedro, ao questioná-la, lhe dá a possibilidade do arrependimento. Por meio dessa pergunta ela poderá se liberar da mentira e dizer a verdade”. Outra proposta é feita por Pablo Richard, a de que o autor tenha tentado diferenciar a morte de Safira, que não atribui às escolhas econômicas como acontece com Ananias; a culpa de Safira estaria em sua submissão a um modelo matrimonial antiquado. Porém, Safira não foi retratada em nenhum momento como uma mulher “escrava” do casamento, e a unicidade das opiniões do casal é descrita como um pressuposto natural. Pessoalmente discordo de ambas as hipóteses.

Uma terceira hipótese foi levantada por Daniel Marguerat, que viu uma relação entre Atos 5.1-11 e a narrativa da queda de Adão e Eva de Gênesis 3. Essa proposta explica a repetição aparentemente desnecessária a partir da influência de um arquétipo do Antigo Testamento, fenômeno comum de intertextualidade bíblica que Robert Alter chama de adoção “cenas padrão”. Sem dúvida a adoção de um modelo narrativo de condenação divina herdado do Antigo Testamento solucionaria o problema da repetição da história com Safira, mas mesmo tomando conhecimento da hipótese de Marguerat, há detalhes na defesa dessa relação entre Gênesis e Atos que ainda precisariam ser revistos. A tentativa de enganar a Deus, a influência de Satanás, a pergunta feita ao casal individualmente para destacar através das respostas a intenção de enganar, e a sequência da narrativa que primeiro apresenta o diálogo do homem e depois o da mulher, são pontos favoráveis à proposta de Marguerat, mas há também pontos desfavoráveis. Ananias e Safira não são membros da comunidade, estão apenas entrando, e ler a cena como um pecado original que acarretará em tristes conseqüências daí por diante parece um exagero. O pecado do casal de Gênesis também não possui qualquer conotação econômica, e aqui em Atos Satanás não é tão presente, e não está entre os “condenados”.

Todas as propostas me parecem excessivamente criativas. Segundo as definições de H. Porter Abbott, estaríamos testemunhando um caso de “overreading” (superleitura), ou nos guiando pelas palavras de Umberto Eco, diríamos que se tratam de “superinterpretações” do texto. Trata-se de casos nada incomuns em que os leitores lêem mais do que deveras está escrito. Procurando preencher as lacunas deixadas pela própria narrativa, o leitor é tentado a criar essas leituras adaptativas, que ao menos para eles solucionam a tensão deixada pelo texto. Neste caso específico, a impressão é que para solucionar o aparente problema os intérpretes forçam uma leitura independente da morte de Safira, porém, isso contraria um princípio bíblico bem conhecido, que é a falta de autonomia dos seus personagens. Observa-se que em geral os personagens bíblicos não existem, pensam ou agem de maneira independente, mas sempre em relação com uma figura central na narrativa. A autonomia de Safira em relação a Ananias na segunda parte da narrativa, além pressupor uma autonomia incomum à personagem, contraria a afirmação feita no início de que eles estavam de acordo naquele projeto.

Então, qual é a minha própria hipótese? Talvez esta seja a mais simples de todas. Defendo que tal duplicidade aparentemente desnecessária foi empregada apenas com a função de dar maior ênfase no ensinamento; a repetição seria apenas a maneira lucana de “grifar” passagens que lhe parecem mais significativas. Há décadas tal característica foi notada por Roland Barthes, que dedicou-se à análise de Atos 10 e 11. Há outros exemplos, como o relato da conversão de Paulo que repete-se três vezes ao longo do livro, gravando na memória do leitor a pergunta “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4; 22.7; 26;14). Se esse realmente for um recurso utilizado em Atos para dar ênfase a temas relevantes para o autor, e se este mesmo recurso puder ser aplicado na compreensão da narrativa de Ananias e Safira, então temos que encerrar nossa análise dizendo que o exemplo positivo narrado em 4.36-37 não recebeu o mesmo destaque no livro por se tratar de uma mensagem de pouca importância para seus destinatários, ou porque tal mensagem já está enfatizada noutro ponto. Aqui especificamente o tema em pauta era “como não ingressar na comunidade cristã primitiva”.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AS LIÇÕES DE ANANIAS E SAFIRA (Parte III)

Depois do fim de semana, voltemos ao estudo sério da Bíblia... Como eu tinha prometido, hoje vou falar do pecado de Ananias e Safira, do crime que lhes conduziu à morte. Essa discussão é mais sócio-histórica, e exigirá mais tempo que as anteriores.

As sociedades dos dias do nascimento do cristianismo eram coletivistas, os membros de um mesmo grupo social partilhavam não apenas todas as suas posses, mas também seu destino, sua religião, seus ideais etc. Em alguns casos, as pessoas substituíam seus clãs familiares originais por outros fictícios, unidos, por exemplo, por vínculos religiosos, filosóficos ou ideais de vida comum. Isso é, por exemplo, o que acontecia no Movimento de Jesus, em que os membros eram convidados a abandonar suas casas, compartilhar seus bens com os pobres do grupo, e aceitar o desafio do itinerantismo.

Na realidade, não sabemos nem mesmo se aquele desprendimento sócio-econômico originário de camponeses sem terra preservou-se quando os apóstolos estabeleceram a comunidade judaico-cristã de Jerusalém, e nem sua aplicabilidade na região gentílica em que Atos foi escrito, mas sabemos pelo texto que Lucas, representante de uma geração mais tardia de cristão, utilizava-se de uma versão idealizada daquela política igualitária para atingir os seus próprios objetivos.

No v. 4 de nosso texto vemos que embora esse fosse o ideal, as pessoas não eram obrigadas a entrar no movimento doando suas posses; mas Ananias pretende ser visto como alguém que doou suas posses. Por quê? Desta maneira, Ananias tornava-se mais um daqueles cristãos completamente dependentes, tendo direito a tudo aquilo que pertencesse ao movimento. Ananias viveria como um daqueles missionários, comendo, morando e vestindo daquilo que os irmãos lhe concedessem; mas sabemos que ele não era tão carente quanto pretendia dizer que era. Ele não só estava mentindo para Deus como diz o texto, ele estava tentando aproveitar-se financeiramente do grupo, atitude não somente condenável, mas até mesmo demonizada ali.

Ananias queria manter uma garantia, por isso guardou parte do valor de sua propriedade; mas ele também queria ser bem recebido no grupo e depois patrocinado como alguém sem qualquer garantia. É como se ele tivesse investindo 50% e quisesse ter direito a 100%. Nas palavras de John Dominic Crossan: “Tiravam da comunidade, como se já não tivessem recursos próprios [...] alegar uma dádiva absoluta era também alegar um direito absoluto...”.

Este é o pecado de Ananias e Safira, não a mentira, mas a intenção de aproveitar-se financeiramente do grupo que lutava pela igualdade. Isso vai nos dar belos ensinamentos quando ao final do estudo falarmos da aplicação prática deste texto, mas antes, ainda usarei outra postagem para questões técnicas.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

AS LIÇÕES DE ANANIAS E SAFIRA (Parte II)

Como eu disse, é preciso ler todo o conjunto literário que trata da adesão de novos membros à comunidade. Logo no primeiro texto, o sumário, vemos que o foco recai sobre a política igualitária do grupo. Todos tinham tudo em comum, ninguém tinha falta de coisa alguma, e quem entrava na comunidade doava suas posses para a administração dos apóstolos.

Após essa introdução, o primeiro exemplo é Barnabé, que vende suas terras, leva o dinheiro até a comunidade e deposita-o aos pés dos apóstolos. Ele é apresentado como alguém que fez o que devia ser feito, um modelo a ser seguido. Quando entramos no outro exemplo, o de Ananias e Safira, o narrador conta sua adesão com palavras muito semelhantes, dando a entender que o casal imitava a atitude de Barnabé.

Para destacar isso eu separei os verbos, destacando as ações desses personagens. Vejamos no quadro abaixo como as duas cenas de adesão se aproximam:

BARNABÉ (4.36-37)

ANANIAS (5.1-3)

tendo ele vendindo (pwle,w) do campo...

vendeu (pwle,w) a propriedade...

-

separou (nosfi,zw) para si do preço...

levou (fe,rw) o dinheiro...

levando (fe,rw) uma parte...

Coloca (ti,qhmi) junto aos pés...

colocaram (ti,qhmi) junto aos pés...

Pela comparação dos verbos é possível notar que o texto foi construído de forma que o leitor vê Ananias copiando os gestos de Barnabé, porém, com uma ação a mais, que é a de separar para si parte do valor da propriedade.

Enfim, o padrão fora dado, os bons cristãos o seguiam, e a chegada de Ananias e Safira é apresentada como uma tentativa de enganar a igreja. Eles imitam os bons cristãos, mas fazem algo negativo, algo que precisam ocultar. Aos olhares humanos, Barnabé e Ananias são iguais, mas nós, leitores, privilegiados pela visão do narrador, sabemos que há uma diferença muito significativa entre eles.

Terminaremos nosso estudo em mais duas ou três postagens. Na próxima oferecerei a resposta ao maior dos problemas que este texto nos apresenta, que é: por que Ananias e Safira tiveram que morrer? Por que Deus matou o casal? Foi realmente tão sério o pecado deles?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

AS LIÇÕES DE ANANIAS E SAFIRA

O que você acha da história de Ananias e Safira de Atos dos Apóstolos 5.1-11? Geralmente o texto nos choca, parece violento, contrário à imagem de igreja que outros pontos do livro procuram transmitir, e nos perguntamos para que ele serve...

Enfrentei essas questões. Foram meses de estudo até que chegasse aos resultados atuais. Produzi dois artigos exegéticos que devem ser publicados em breve, um mais tradicional e outro com base na narratologia, mas enquanto não os publico, resolvi dividir com os leitores do blog algumas dessas lições.

Convido-os então a acompanhar algumas postagens, cada uma apresentando alguma dessas lições. É uma ocasião para aprender a Palavra de Deus, para entender mais sobre a interpretação bíblica, e para discutirmos as relações entre a igreja de hoje e de ontem.

Nesta primeira postagem já quero deixar uma lição. Atos 5.1-11 um texto que trata da adesão de pessoas novas à comunidade cristã primitiva. Ele transmite critérios de adesão que o autor de Lucas quer implantar em sua própria comunidade de fins do primeiro século. Mas para entender esta lição é preciso ler um pouco mais atrás, pois há três sub-unidades textuais que formam esse bloco que podemos chamar de “Critérios de Adesão à Comunidade Cristã”.

Critérios de Adesão À Comunidade Cristã

· Sumário (4.32-35)

· Evento – Exemplo Positivo (v. 36-37)

· Evento – Exemplo Negativo (5.1-11)

Sugiro ao leitor que leia esses textos e observe a sub-divisão proposta. A primeira seção é um sumário, um resumo que pretende em poucas palavras descrever a vida da comunidade cristã primitiva. Neste caso, ao lermos At 4.32-35 fica claro que o tema em destaque é a partilha dos bens da comunidade, uma política de igualitarismo herdada do movimento de Jesus. A segunda (seção At 4.36-37) seção fala da adesão de Barnabé, um gentio que chega à comunidade e atende às exigências econômicas depositando todas as suas posses “aos pés dos apóstolos”. Finalmente, chegamos à história de Ananias e Safira (5.1-11) que traz um exemplo negativo, um exemplo de como não entrar na comunidade.

Quando dividiram o texto bíblico em versículos e capítulos cometeram o erro de separar os textos em dois capítulos, dificultando ao leitor de hoje a constatação das relações que há entre as três partes. É hora de encararmos todo o bloco e começar a questionar o arranjo que o próprio autor deu aos textos.

Na próxima postagem voltarei a falar dessas relações com novos detalhes. Aproveitem esses dias para tirar conclusões próprias e exercitar seus olhares exegéticos.