segunda-feira, 13 de setembro de 2010

EXORTAÇÃO À LIBERDADE (Rm 12.1-2)

DELIMITANDO TEMA E PERÍCOPE

A atividade que propomos hoje é exegética, vamos estudar dois versículos reveladores de Romanos, que são Rm 12.1-2. Esta análise produzimos há vários meses, e já a apresentamos a amigos noutras ocasiões. Finalmente vamos torná-la pública, nesta versão discretamente abreviada da exegese original.

Começaremos revendo o texto, que expomos abaixo em nossa própria tradução. Esses dois versículos abrem uma seção do livro de Romanos cujo conteúdo dá ênfase a questões éticas. Estamos então dando início a um novo tópico da carta, estamos em sua abertura. Nos apoiamos nisso para começar nosso estudo daqui sem mencionar os textos anteriores. Do outro lado da perícope, no v. 3, temos uma nova unidade que trará a alegoria do corpo humano; embora ali se dê continuidade ao tema dos dois primeiros versos, emprega-se outra maneira de se expressar. Vamos à leitura:

(1) Assim, exorto-vos irmãos, pelas misericórdias de Deus: apresentar vossos corpos sacrifício vivo, santo, agradável para Deus, o vosso culto racional. (2) E não vos moldeis a este século, mas sejais transformados pela renovação da mente para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

ENTENDENDO A FORMA DO TEXTO

Sabemos que o texto grego do Novo Testamento não foi escrito dividido com parágrafos, vírgulas, e muito menos versículos e capítulos. Assim, para que nossa leitura seja compreendida mais facilmente, decidimos reorganizar o texto incluindo nele nossos próprios sinais. Veremos esse texto subdivido, e no final o apresentaremos representado por meio de pequeno gráfico. A compreensão dessa estrutura nos parece imprescindível para a interpretação do texto.

Temos então, no início do versículo 1, a abertura que apresenta ao leitor ou ouvinte o gênero daquilo que virá a seguir: “Assim, exorto-vos irmãos...”. Paulo dirige-se aos destinatários de sua carta chamando-os como de costume, de irmãos, mas não deixa de assumir um tom mais grave, de quem pretende fazer a seguir uma recomendação importante. Eis aí o próprio texto anunciando seu gênero literário, que é a exortação. Não se trata de mandamento ou de mero conselho, mas de um pedido feito com ênfase. A seguir temos a razão para que os “irmãos” dêem ouvidos à exortação do apóstolo: “... pelas misericórdias de Deus:”. Isso é importante, pois é a justificativa que pretende levar os leitores à obediência. Não é simplesmente pelo apreço a Paulo ou por sua autoridade apostólica que os “irmãos” deveriam seguir seus conselhos, mas pelas “misericórdias de Deus”. Explicaremos isso melhor mais adiante, porém, notemos que incluímos dois pontos aqui para mostrar que agora é que virá a exortação.

A exortação está dividida em duas partes, mas é uma só. Ou seja, Paulo usou duas frases com palavras distintas para deixar apenas uma exortação. Saber que as duas frases se completam será também decisivo para nossa compreensão do texto. A primeira parte desta exortação é: “... apresentar vossos corpos sacrifício vivo, santo, agradável para Deus...”. A segunda parte é: “... o vosso culto racional”:

Abertura: “Assim, exorto-vos irmãos...”

Justificativa: “... pelas misericórdias de Deus:”

Exortação (parte 1): “apresentar vossos corpos sacrifício vivo, santo, agradável para Deus”

Exortação (parte 2): “o vosso culto racional”

Falando agora do versículo 2, dá-se sequência ao que se dizia com uma nova exortação relacionada à anterior. Na verdade, ela também se divide em duas partes, a primeira negativa e a segunda positiva. Assim, lemos uma proibição: “E não vos moldeis a este século...”, uma frase regida por um imperativo. Depois lemos o conselho positivo, a solução que substitui a proibição anterior. A outra opção é esta: “... sejais transformados pela renovação da mente...”.

O que fazer e o que não fazer foram ditos no versículo 2, mas Paulo ainda acrescenta o grande benefício ligado à sua exortação. Quem fizer o que ele diz, poderá experimentar a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita. Sem maiores problemas podemos retratar este versículo graficamente da seguinte forma:

Exortação Negativa: “E não vos moldeis a este século...”

Exortação Positiva: “... mas sejais transformados pela renovação da mente...”

Recompensa: “... para que experimenteis a vontade de Deus”

Características da vontade de Deus: “boa, agradável e perfeita”

Antes de seguirmos, temos que unir as propostas estruturais dos dois versículos para notar como a construção é inteligente, centralizando as exortações duplas que se complementam e cercando-as por “Deus”, o motivo e a recompensa daquele que segue tais conselhos:

Abertura (v. 1a)

Deus como motivação (v. 1b)

Exortação 1 (v. 1c e d)

Exortação 2 (v. 2a e b)

Deus como recompensador (v. 2c)

À INTERPRETAÇÃO

Começaremos agora a buscar o significado de cada uma dessas frases, primeiro do versículo 1, partindo direto à exortação paulina que como vimos, está subdividida em duas partes.

Na primeira parte da exortação, prevalece a analogia entre os “vossos corpos” e o “sacrifício”. Ou seja, para falar do corpo humano o apóstolo empregou um linguajar próprio dos templos religiosos da antiguidade, onde se faziam sacrifícios de animais para as divindades. Obviamente não podemos limitar tal imagem ao templo judaico em Jerusalém, moradores de Roma que nunca conheceram a Palestina e nem os costumes judaicos também estavam familiarizados com a prática religiosa sacrificial. Em todo caso, o texto usa adjetivos como “santo” e “agradável” para falar das vítimas perfeitas para o sacrifício. No Antigo Testamento, nós lemos que segundo os escribas sacerdotais Deus considerava aceitável apenas os animais perfeitos, sem máculas, doenças ou defeitos de qualquer espécie. Tal tradição sem dúvida continuou presente na cultura religiosa do povo da diáspora e mesmo após a destruição do Templo em 70 d.C. (por exemplo: Lv 4.3; 23.12; 1Pe 1.19).

Mas aí surge um problema: se Paulo está falando de regulamentos judaicos, como os gentios que aparentemente eram maioria em Roma o compreenderiam? Mesmo que as exigências de perfeição em relação aos sacrifícios à divindade fossem desconhecidas pelos romanos, ainda podemos acreditar que eles entendiam Paulo. Quem nos ajuda a explicar isso são John Dominic Crossan e Jonathan L. Reed, que trataram da audiência paulina em geral de maneira muito especial. Eles dizem que Paulo, quando ia a cidades gentílicas e procurava pregar em sinagogas, não procurava os judeus, mas os “adoradores” ou “tementes a Deus” que ali também se congregavam. Esses eram gentios que simpatizavam com o judaísmo, mas que por algum motivo não aderiam ao movimento; não eram prosélitos, apenas participantes. Esse grupo, presente nas sinagogas da diáspora nos dias de Paulo conforme testificam os documentos arqueológicos, poderiam compreender a linguagem tipicamente judaica de Paulo.[1]

Nossa opinião é que Paulo emprega uma imagem sacrificial principalmente judaica para dizer aos gentios e judeus congregados em Roma que eles deveriam apresentar-se a Deus como as vítimas eram apresentadas a Javé no Templo. Isso é, eles deveriam ser santos, sem pecados. Porém, havia uma diferença entre esse sacrifício novo pelo qual Deus se agradava; eles eram sacrifícios “vivos”. Óbvio, tal ressalva foi necessária porque todos sabiam que as imaculadas vítimas oferecidas no Templo de Jerusalém não poderiam servir a Deus depois do ato sacrificial. Ali, o animal puro era imolado, queimado, comido... agora os “irmãos”, como novas ofertas agradáveis a Deus, deveriam oferecer-se também, mas sem que tal oferta santa implicasse em sua morte.

Passando para a segunda parte da exortação do versículo 1, temos que nos voltar mais cautelosamente para as palavras usadas. Paulo pede que eles pratiquem um “culto racional”. Primeiro, o “culto” é nada mais que um serviço prestado a Deus. Nós temos que nos cuidar para não sermos levados por nossas pré-concepções e imaginar uma igreja com louvores e toda uma liturgia. Trata-se aqui de uma vida dedicada a fazer o que Deus deseja. A outra palavra é “racional”, do grego “logikós”. Além de notarmos claramente que essa palavra grega deu origem à nossa “lógica”, também a encontramos em 1Pedro 2.2, onde explica qual o tipo de alimento que os cristãos deveriam desejar. Comparando os dois textos, vemos que Paulo está falando de um culto “maduro”, “pensado”, “ponderado”, “sensato”. Diríamos que na prática, o que ele esperava é que os romanos vivessem servindo a Deus de maneira sensata.

Como já dissemos, essas duas partes da exortação devem ser lidas em conjunto, e assim, vemos que para Paulo, a vida que deveriam ter com Deus, sensata, madura, racional, era o mesmo que viver de maneira santa, imaculada, como sacrifícios vivos. O que se pede é que os proto-cristãos de Roma conduzam suas vidas longe dos pecados, da violência, da injustiça, da imoralidade etc. Parece pouco, mas há uma grande revolução na maneira de se viver a fé nessas palavras.

Lembremos da justificativa que Paulo deu para que seus leitores seguissem seu conselho: “pelas misericórdias de Deus”. Sem dúvida, aqui ele está se referindo a um conjunto de convicções teológicas pelas quais julga ser Deus alguém digno de obediências. Deus se compadeceu dos homens e agiu em nosso favor, e saber disso deve motivar todos a servi-lo de maneira irrepreensível. O sacrifício de Jesus em favor dos homens é, para Paulo, a maior de todas essas misericórdias, mas outras poderiam ser mencionadas, como a revelação de Deus a toda a humanidade através da criação (Rm 1.19-20).

Desta forma, Paulo diz que não é porque Deus deixou mandamentos que os homens devem obedecer; nem é porque existe o medo de condenação no dia do juízo que devem se abster dos pecados. O amor e a gratidão eram razões suficientes para que Paulo seguisse a vida que seguia. Essa é a “obediência da fé” para a qual os romanos foram chamados (Rm 1.5), uma forma de obediência que não vem pela Lei, pelo medo, por ameaças, mas simplesmente por se acreditar no caráter misericordioso de Deus e amá-lo acima de todas as coisas. Em resumo e em nossas palavras, Paulo disse: “Exorto-vos irmãos que vivam servindo a Deus da maneira mais perfeita possível; façam não por mim e não pela Lei, façam por causa de Deus, por causa de seu caráter e por gratidão por suas misericórdias para conosco”. É uma pregação de libertação, onde se espera que cada cristão viva de maneira digna por conta de sua própria consciência. Pena que as igrejas de hoje ainda não atingiram a “racionalidade” ou “maturidade” que Paulo já atingira há dois milênios, e continuam querendo imputar santidade nos outros por meio de ameaças.

Na sequência do texto, no v. 2, Paulo parece regredir no raciocínio. A nova exortação não é nova, mas aprofunda o sentido da anterior. Agora ele orienta os irmãos a não se moldarem conforme o modelo apresentado a eles naqueles dias; era para que eles não imitassem os demais, mas que aceitassem ser diferentes. Claro que isso não significa excluir-se do mundo ou não receber qualquer tipo de influência cultural; o próprio Paulo é um homem do seu mundo e fala como judeu e gentio demonstrando quanto o mundo condicionou sua formação e maneira de pensar. Pelo v. 1 entendemos que aqui ainda estamos falando de coisas que “maculam” o servo de Deus, que o tornam um sacrifício inaceitável. Tais coisas devem ser evitadas.

O que Paulo espera é que os cristãos, gradualmente, sejam transformados pela renovação da mente. Eles deveriam mudar não de fora para dentro, trocando os lugares que freqüentavam, as roupas que vestiam, os amigos que tinham... a transformação só é real se nasce de dentro, da mente para o exterior. O modo de pensar deve ser mudado, e isso é algo mais racional do que espiritual. Vemos aqui uma clara relação com “culto racional” do versículo anterior. Paulo quer que seus leitores meditem, aprendam, entendam, e assim, mediante uma decisão consciente, mudem de vida. É uma exortação, não uma ordem; é um conselho valioso, não uma obrigação. Os cristãos precisavam conhecer para notar que a proposta de Jesus Cristo e de Paulo era melhor do que qualquer outra maneira de se viver. Novamente, o tema da liberdade dada ao cristão está em pauta.

Chegando às últimas palavras, experimentar a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita, é a recompensa para aqueles que tomam a decisão certa. Isso é um incentivo, um argumento motivacional, que procura causar curiosidade e desejo. Se alguém quiser realmente saber como é boa, agradável e perfeita a vontade de Deus, deverá primeiro fazê-la.

Enfim, julgamos que Deus exerce um papel fundamental em todo o texto, confirmando a importância que a estrutura antes proposta lhe dá, fazendo-o emoldurar as ações humanas. Deus agiu antes, com atos de misericórdia, e isso é o motivo que leva os cristãos a o seguirem, a fazerem sua vontade espontaneamente. Deus, no fim, é também quem nos recompensa por seguirmos sua vontade, ao nos mostrar que o seu desejo é bom, agradável, perfeito. É deixada ao cristão apenas a tarefa de, a partir de seu conhecimento de Deus, mudar sua vida por amor e gratidão. Ele deve abster-se de tudo o que for indigno de um santo sacrifício, deve fazer-se imaculado tanto quando puder, deve mudar sua maneira de pensar, evitando a pressão que o mundo desses dias exerce sobre suas ações e pensamentos.

O texto, em momento algum se dirige a pessoas que não conhecem Jesus ou que podem não fazer parte do grupo cristão. O tema não é a salvação, a vida eterna, mas a conduta daqueles que já crêem. Paulo recusa-se a fazer ameaças, a mencionar o risco de voltar à condição de condenados, mas incentiva os cristãos a serem cada dia melhores. Isso, neste texto, não é algo milagroso, mas um ato consciente de renovação da mente. Deve o cristão pensar diferente, amar a Deus e querer servi-lo mais do que deseja ser semelhante aos desse século. Rm 12.1-2 é, portanto, um texto maravilhosamente construído para proporcionar crescimento e maturidade ao cristão, sem que isso seja resultado de ameaças, submissão a autoridades, mandamentos ou qualquer coisa assim. Não há muita religião por trás do ideal transmitido, só Deus é a motivação para que as pessoas mudem o que está ruim nelas mesmas, e como a mudança é individual, toda tentativa de forçar a mudança de outrem revela-se hipocrisia. Paulo ensina, exorta, convida à vida cristã de liberdade, mas cabe ao ouvinte ou leitor decidir se quer seguir nos seus caminhos, se quer subjugar-se ao senhorio da lei, da igreja, ou seja lá o que for.

Deixando o formalismo um pouco de lado nestas últimas linhas, confesso que para mim é um privilégio encontrar um texto bíblico tão atual, tão verdadeiro, tão inspirado... Este é o cristianismo que eu procuro viver, uma fé racional e pessoal, onde só me reporto a Deus, já que só a ele devo prestar contas. Eu lhe exorto a fazer o mesmo, mas a escolha é sua.

A imagem usada no inicio deste texto é uma tela de Rembrandt de 1635 intitulada simplesmente “Apostle Paul”.



[1] CROSSAN, J. D.; REED, J. L. Em Busca de Paulo: Como o Apóstolo de Jesus Opôs o Reino de Deus ao Império Romano. São Paulo: Paulinas, 2007. pp. 23-48.


2 comentários:

Anônimo disse...

Fala Professor,

Antes que eu me esqueça, queria tirar uma duvida todos os textos gregos não tem sinais?

Vamos para a postagem: Eu gostei muito da parte que você disse que Paulo levava a vida que levava não porque queria algo em troca e sim por amor e gratidão. É a obediência da fé. Isso é muito difícil.

Imagina você seguir alguém apenas por amor e gratidão por toda uma vida? Geralmente, quando alguém nos faz uma generosidade muito grande, somos gratos por um tempo e depois esquecemos e seguimos nossas vidas. Paulo não, o Amor e a Gratidão eram suficientes para ele levar aquela vida maluca. Isso é fantástico. Mas trazendo para o nosso lado agora: Vivemos tipo um “toma lá da cá”, Olha Jesus vou fazer um voto com o Senhor em, se eu conseguir um aumento eu vou dar uma oferta para a igreja! Mas espere, que voto é esse? Que cristianismo é esse? Onde está o Amor? E pior, onde está a Gratidão?! E ai você escreveu que Paulo disse que tinham que obedecer não por causa da Lei, por medo, por ameaças, mas apenas por acreditar no caráter de Deus. Cara, isso é maravilhoso, toda vez que leio algo assim, eu choro RS... Porque esse SIM é o cristianismo.

Se você for pensar comigo, hoje a igreja está cheia de pessoas com medo: Medo de ir para o inferno, medo do famoso “Deus vai pesar a mão”, medo de não dar o dizimo e acontecer toda aquela patifaria que é pregado, medo... medo... medo...

Não vão à igreja porque amam a Deus, não vão à igreja porque são gratos ao sacrifício de Jesus, não vão à igreja para adorarem a Deus, ninguém sabe o que é adorar a Deus. A igreja hoje é como uma massa muito fácil de controlar, as pessoas são emotivas de mais devidos suas orações erradas sem respostas, devido às profecias que não vieram de Deus, devido à pressão de seus familiares, enfim... Não conhecem Deus! Não conhecem o caráter de Deus, e o pior nem estão a fim de conhecer.

A transformação só é real quando nasce de dentro, da mente para o exterior. Eu concordo plenamente Anderson, o nosso maior problema é que a igreja hoje não pensa! Ela vive dos sermões corridos dos domingos na igreja, não tem interesse algum em pesquisar, em ler à bíblia, em se aprofundar na palavra, a verdade muito triste é que a igreja não tem interesse algum em Deus! Às vezes fico viajando nos cultos, “será que alguém aqui está aqui porque ama a Deus, ou porque estão com problemas e querem que Deus resolva”?!

Eu simplesmente adorei o seu Texto, todos eles são muito bons mas esse foi o que eu mais gostei. Obrigada por compartilhar um pouco do seu grande conhecimento com todos nós.

Parabens
Abs Thalyta

Anderson de Oliveira Lima disse...

Thalyta, eu é que agradeço por ter sido perseverante e ler esse texto longo num blog. Sei que esse meio de comunicação não é próprio para esse tipo de estudo... Mas vamos fazer assim mesmo, sua leitura já recompensou o trabalho.

Ou você é chorona ou eu vou ter que ler meu texto outra vez, pois talvez eu não tenha entendido...rsrs brincadeira. Fico sempre muito feliz com seus comentários, que são novos textos na verdade. Estamos de acordo que a "obediência da fé" é o alvo do verdadeiro cristão.

Então, respondendo. Todos os manuscritos antigos eram escritos em grego com letras todas maiúsculas, sem divisão de frases, linhas, parágrafos e nem palavras. É uma salada mesmo. Depois foram dividindo as palavras, acrescentando vírgulas, versículos, interrogações, capítulos, sub-títulos... Por isso, quando traduzimos o texto do grego não precisamos confiar nesses sinais. Às vezes, o lugar de uma vírgula pode mudar muita coisa.

Obrigado mais uma vez e até a próxima.